sábado, 25 de abril de 2009

Sei que estás em festa, pá!

1975 - Chico Buarque numa música de intervenção inspirada pela data que hoje se comemora em Portugal. Esta versão foi censurada, receando inspiração revolucionária do outro lado do Atlântico.


Esta é a versão mais conhecida, que sobreviveu à censura da ditadura militar brasileira:

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A pequena imperadora

O meu amigo psiquiatradanet conta aqui a história da pequena imperadora que ele conheceu. Vale a pena ler, mesmo. É só um caso, um de muitos. O extremo a que chegou a situação da Sofia não é, na maioria das vezes, atingido. Mas numa zona mais cinzenta do espectro encontramos, infelizmente, uma triste maioria.
Uma maioria que desde cedo se habitua à recompensa imediata, aprende a manipular os pais e todos os que estão em seu redor a torto e a direito. O mínimo queixume é atendido com precisão, a mínima frustração é imediatamente recompensada. O processo de aquisição de autonomia é lento e moroso, um passo de cada vez. Desde o dia em que conseguem sozinhos agarrar um objecto, o dia em que começam a dormir sozinhos, o dia em que deixam "o" boneco ou a chucha em casa e dizem "sou crescido". E uma criança que aprende a ser recompensada no imediato não desenvolve tolerância à frustração, não aprende que precisa de insistir e treinar para aprender, para conseguir. E são meninos inseguros, que não acreditam neles próprios, que largam a chucha aos 4 anos, que dormem na cama dos pais até aos 6 anos, e que progressivamente aprendem o caminho mais fácil: não o do esforço, da dedicação, da persistência, mas o da exigência, da dependência. Os mais fortes aprendem que para triunfar necessitam apenas de pedir. Os pais, frustrados pela falta de tempo para os seus filhos - fruto da sociedade "workaholic" em que vivemos -, não têm coragem de dizer que não, de explicar que não, de ensinar que a vida não nos cai nas mãos, que temos que lutar para sermos melhores e conseguirmos ganhar direitos. E assim os miúdos não aprendem a partilhar, a viver em sociedade, e transformam-se em pequenos déspotas. A comida é uma das áreas mais sensíveis nestas exigências, os doces, batatas fritas, snacks, fast-food, e muitos destes miúdos são desta forma obesos. Nada os satisfaz o suficiente, procuram incessantemente o conforto que a falta de autoconfiança lhes tira. E os pais compram atrás uns dos outros bens a que eles ligam apenas no primeiro dia em que os recebem, porque no dia seguinte outras exigências surgem. O vazio emocional deixado pela insegurança da dependência não se preenche de forma alguma, e é sempre preciso mais. E depois aprendem a chantagem. Para fazerem algo certo, exigem tudo. E manipulam, cada vez mais, os pais.
Infelizmente estas situações são cada vez mais frequentes. Precisamos, como pais, de saber explicar aos nossos filhos que a vida não é fácil, mas que eles são capazes de tudo se se esforçarem. Eles têm que querer ser crescidos, querer ser capazes, querer dar o passo seguinte. Têm que acreditar que são capazes, sabendo que vão falhar duas, quatro, trinta vezes até conseguir. E ganhar, assim, a capacidade de persistir, de continuar a tentar, de acreditar que são capazes de lá chegar. Não há melhor recompensa que o apreço, mostrar-lhes que temos orgulho no que eles conseguem fazer, que não nos importamos com os fracassos porque sabemos que são eles que conduzem à aprendizagem. Para finalmente termos o prazer de ver o sorriso triunfante de quem falhou pacientemente vinte vezes até ser capaz, e que nos olha nos olhos à procura do orgulho de que lá transborda, vendo nesse orgulho uma razão para ser melhor, para ser maior.

domingo, 12 de abril de 2009

Mahna Mahna

Pois o Jazz não tem que ser chato. E há Jazz adaptado a crianças. Pois venha Jazz Pediátrico, recomendado 3X ao dia. O meu filho cumpre religiosamente a receita...

(Tatas, desculpa o plágio... A mariamadalena viu isto pela primeira vez no teu blog, e a moda pegou cá em casa...)

sábado, 11 de abril de 2009

Bom de Veras


Foi deveras bom o jantar, o calor dos amigos que me foram dizer adeus. Mas foi melhor que o jantar, garanto, tudo o que me ensinaram e tudo o que levo comigo em memórias, aprendizagem e amizade. Voltarei, aos bocadinhos, saber de vós e dar a saber de mim.
Até já!