«Kirsti A. Dyer, MD, MS, a primary care doctor in northern California who presented the talk "Dealing With Death and Dying in Medical Education and Practice" at the American Medical Student Association's (AMSA) 51st Annual Convention in March 2001, remembers her own rude awakening to this lack of guidance in end-of-life care. As a medical student at University of California, Davis, from 1988 to 1992, her training amounted to little more than negative reinforcement of any emotional expression in the face of death. She recalls the disapproving look of the attending physician when, as a third-year student, Dyer cried after the partner of an AIDS patient who had unexpectedly died thanked her for all of her help on the case. That was her first "lesson."»
in Medscape
Em Portugal não encaramos estas situações desta forma tão rígida (talvez por sermos um povo latino, que expressa as suas emoções?). Esse olhar de desaprovação dos colegas mais velhos seria compreensível devido ao facto de ela ter chorado em frente à familiar do doente... Isso devemos tentar evitar, visto que as pessoas já estão a sofrer o suficiente, mas o nosso sentimento não desaparece... Aprendemos é a lidar com ele.
É interessante, a propósito deste excerto, ver como os familiares de um doente falecido podem reagir de formas tão díspares em relação ao médico... Se por um lado a culpabilização do médico pela morte é relativamente frequente, mais frequente ainda é o agradecimento pelo apoio prestado naquela fase difícil. E por vezes, como aconteceu no caso acima, temos mais dificuldade em lidar com os agradecimentos do que com a culpabilização. Talvez porque fiquemos mais expostos ao que nós próprios pensamos da situação e da nossa "culpa". Porque mesmo quando sabemos não ter quaquer tipo de "culpa", mesmo quando dizemos com toda a convicção "não havia mais nada que eu pudesse fazer" ou mesmo "foi melhor assim", mesmo nessa situação sentimos uma pequena mágoa pelo sucedido.
Lidamos todos os dias com a responsabilidade imensa de termos vidas humanas na dependência dos nossos actos...
sábado, 23 de outubro de 2004
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